Uma das melhores formas de se manter motivado é vendo histórias motivadores, sejam elas baseadas em fatos reais ou não. Para quem quer empreender, essa também é uma ótima maneira de aprender com os erros dos outros e aplicar os acertos nos próprios negócios.
Dessa forma, assistir filmes vai além de um momento de lazer: se transforma em mais uma ferramenta de conhecimento. Pensando nisso, separamos os oito melhores filmes sobre empreendedorismo. Confira a lista:
1. Walt Antes do Mickey
Ninguém é capaz de negar o impacto que Walt Disney tem na sociedade moderna. O criador de um dos maiores impérios do mundo, que chegou a lucrar US$ 2,9 bilhões no terceiro semestre fiscal de 2018, é um exemplo do poder que uma boa ideia pode ter.
[elementor-template id="15899"]Em Walt Antes do Mickey (2015), vemos o empresário sendo representado por Thomas Ian Nicholas no caminho que o levou a criar um dos personagens mais famosos da história.
Disponível na Netflix, o filme acompanha Walt desde a sua infância e mostra que ele sempre foi criativo, indo muitas vezes contra o desejo de seu pai e familiares, que não achavam que o jovem deveria perder tanto tempo com desenhos.
Mas ele não desistiu e foi montar seu próprio estúdio, Laugh-O-Gram, e traçar seu caminho enquanto animador.
Ao ver o tamanho que a Disney tem hoje, é quase impossível imaginar que seu criador teve que comer restos jogados na lixeira para não passar fome, ficou sem ter onde morar, precisou pedir diversos empréstimos e mesmo assim, por muitas vezes, não conseguia pagar as contas do seu empreendimento e nem o salário dos seus funcionários.
Por isso Walt Antes de Disney é tão importante para quem quer abrir o próprio negócio. Afinal, o filme mostra as dificuldades que as pessoas ignoram ao olhar uma empresa bem-sucedida e reforça a importância de persistir nos seus sonhos.
2. O Homem que Mudou o Jogo
Um grande elenco nem sempre significa um bom filme. Porém, O Homem que Mudou o Jogo (2012) une estrelas como Brad Pitt e Robin Wright com uma história inspiradora, que conquistou público e crítica.
Não à toa, o longa foi indicado a seis Oscar, inclusive Melhor Filme. Inspirado na história real de Billy Beane, que em 2002 conquistou holofotes no mundo inteiro ao transformar o pequeno time de baseball Oakland Athletics em um furacão na Liga Americana, mesmo contando com a menor folha salarial de todos os times profissionais.
O filme se propõe a mostrar quais foram as técnicas adotadas que levaram o time ao sucesso – e não foram, necessariamente, técnicas esportivas. Pelo contrário: auxiliado por Peter Brand (interpretado por Jonah Hill), Billy Beane deixa as previsões de olheiros veteranos de lado e aposta nas estatísticas.
Dessa forma, seus atletas passaram a entregar cada vez mais dentro de campo e o time alcançou resultados até então inimagináveis, surpreendendo adversários muito mais estruturados.
O filme deixa uma lição valiosa que muitos empreendedores deixam passar: confie nos números, estatísticas, dados e contas. Diversas vezes, a ideia pode ser maravilhosa, mas os números mostram que não é o melhor momento, ou até mesmo, que se o empreendedor esperar um pouco, conseguir mais investimentos e fornecedores, seu negócio pode prosperar. Então veja os números e confie nas estatísticas.
3. À Procura da Felicidade
Por muito tempo, o banheiro de uma estação de metrô de São Francisco foi onde Chris Gardner dava banho e dormia com seu filho pequeno. Sair daquela situação virou a sua máxima prioridade, e para isso bateu de porta em porta em diversas empresas.
Depois de muitas frustrações, conseguiu ser contratado em um programa de estágio não-remunerado, tornou-se corretor e acabou abrindo sua própria empresa.
A história real foi para os cinemas em 2007, protagonizada por Will Smith e seu filho, Jaden Smith. O ponto de partida acontece em um estacionamento quando Chris, acompanhado por sua esposa e filho, viu um homem com uma Ferrari vermelha procurando vaga.
O protagonista vai até ele e oferece sua vaga em troca de saber qual era o seu trabalho. O homem responde que era corretor da bolsa de valores e com isso, chegava a faturar 80 mil dólares por mês. Essa informação fica gravada na memória de Chris, que depois de sofrer perdas graves no trabalho, se vê na rua com seu filho pequeno.
O filme mostra toda a trajetória do homem, que em momento algum desiste de seus objetivos e chega até mesmo a esconde de seus colegas sua situação financeira para evitar que suas qualidades profissionais fossem ofuscadas por pena. Um longa emocionante, que mostra a importância de lutar pelos seus sonhos, mesmo em momentos tão adversos.
4. Coco, Antes de Chanel
São poucas as participações de mulheres em cargos de gestão em grandes empresas, até mesmo dentro do universo da moda, entendido como mais “feminino”.
Um dos maiores exemplos que quebram essa noção é Coco Chanel, criadora da marca de luxo francesa que leva o seu nome. Sua história foi retratada no filme Coco, Antes de Chanel (2009), estrelada por Audrey Tautou – que, desde o lançamento do longa, é a garota-propaganda do perfume Chanel Nº 5.
Após a morte da mãe, o pai de Gabrielle Chanel deixa ela e sua irmã em um orfanato. Para sobreviver, passou a trabalhar ainda jovem em uma alfaiataria durante o dia e, à noite, cantava em um cabaré.
Lá, ela conhece o milionário Étienne Balsan e os dois têm um caso até o momento em que ele precisa voltar para a sua cidade. Pouco tempo depois, e vendo as poucas perspectivas que tinha, Gabrielle foi atrás do seu amante pedir abrigo enquanto procura novas oportunidades.
É justamente fazendo roupas para seu amante que Chanel desenvolve o seu talento enquanto estilista e poucos anos depois, durante a Segunda Guerra Mundial, suas criações ganham as ruas ao serem uma alternativa mais eficaz às tradicionais roupas das mulheres, que agora precisam ser mais práticas para assumirem o posto de trabalho deixados por homens que foram lutar na guerra.
O filme traz lições importantes como ver solução em situações em que muitas vezes parecem sem caminho. Afinal, quando a vida te der limões, faça uma limonada.
5. A Grande Aposta
Adaptado do livro “The Big Short: Inside the Doomsday Machine”, o filme A Grande Aposta (2016) é sobre a sequência de eventos que levaram os Estados Unidos à crise imobiliária e a subsequente implosão da economia global em 2008.
Quando foi lançado, os críticos do The New York Times afirmaram que o longa deveria ganhar o Oscar de Melhor Filme (ele chegou a ser indicado, mas perdeu para Spotlight: Segredos Revelados).
A Grande Aposta retrata como algumas pessoas conseguiram descobrir, cada uma à sua maneira, que os títulos ligados a hipotecas e oferecidos pelos grandes bancos não eram tão seguros como se pensava.
Nesse cenário, quatro investidores apostaram que a rentabilidade dos títulos concedidos iriam despencar com o aumento da inadimplência.
O longa pode parecer complicado para quem é leigo no assunto e até mesmo distante do pequeno investidor, mas tem mensagem para todos os investidores, dos maiores até os que ainda não começaram a investir seu dinheiro.
6. Fome de Poder
O filme “Fome de Poder” (2016) é uma verdadeira aula de empreendedorismo focado em Ray Kroc (interpretado pelo indicado ao Oscar Michael Keaton), um homem ambicioso que se tornou o fundador da franquia dos restaurantes McDonald’s.
A história se passa nos Estados Unidos na década de 50, época em que Kroc conhece os irmãos Mac e Dick McDonald e o sistema “speedee”: os cozinheiros são dispensáveis, já que cada funcionário tinha uma só tarefa, agilizando o processo de uma maneira praticamente idêntica às linhas de montagem do Fordismo.
Essa prática se uniu ao produto vendido por Kroc, um “multi-misturador para milk-shakes”. Ele passava o dia indo a restaurantes vender sua invenção, e essa é uma das primeiras lições que o filme dá para empreendedores. É fundamental acreditar no seu negócio, senão é impossível vendê-lo.
E o longa vai além ao mostrar que a essência de um produto de sucesso: uma ideia só é brilhante quando balanceia o que é tecnicamente viável de ser produzido com a necessidade do mercado, juntamente com aquilo que a pessoa ama fazer.
O personagem interpretado por Keaton faz contraste com os irmãos McDonald, que representam um outro tipo de empreendedor: aquele que buscam apenas pagar as contas e ter sossego, balanceando trabalho com qualidade de vida.
Eles não viam sentido em morrer pela empresa, o que também é uma visão válida de ter. Tudo varia de acordo com o perfil e objetivos da pessoa, e um dos primeiros passos do empreendedor deve se perguntar é: o que ele deseja alcançar com o seu negócio.
7. Steve Jobs
Quando pensamos em marcas revolucionárias, a Apple com certeza é uma das primeiras a ser lembradas. Por isso, diversos cineastas e autores resolveram se arriscar e tentar capturar a essência da empresa que modificou o modo como as pessoas lidam com seus smartphones. Uma das tentativas mais bem-sucedidas foi o filme Steve Jobs, lançado em 2016, com Michael Fassbender no papel principal.
O longa chegou ao mercado já enfrentando resistência após o fracasso de bilheteria de Jobs, estrelado por Ashton Kutcher, e críticos se perguntavam se era mesmo necessário outro filme sobre o fundador da Apple com pouco espaço entre os dois.
Porém, a nova versão traz um executivo mais rígido, mostrando o lado B de Jobs que muitos biógrafos não mencionam.
Steve Jobs foca em três momentos cruciais na carreira do biografado: o lançamento de um computador Macintosh (1984); outro da NeXT, então nova empresa de Jobs (1988); e a chegada do iMac G3 (1998).
A proposta é mostrar Jobs como o grande visionário que ele foi. A passagem de um grande ato para o outro é mostrado pelos noticiários, que mostra uma constante curiosidade da mídia sobre os produtos lançados pela Apple.
De modo geral, o filme mostra os bastidores por trás de uma grande marca e traz um interessante ponto de vista sobre a sociedade que acaba se transformando junto com a Apple.
O filme traz uma lição importante para os empreendedores: quebre barreiras. Seja criativo e o mundo perceberá a importância da sua marca.
8. A Rede Social
Outra empresa constantemente lembrada por empreendedores é o Facebook, que alcançou a marca de US$ 5,1 bilhões de lucro líquido no terceiro trimestre de 2018.
Tudo começou em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg, analista de sistemas graduado em Harvard, começa a trabalhar em uma nova ideia. Seis anos depois, Zuckerberg se tornou o mais jovem bilionário da história graças ao Facebook, rede social inventada por ele.
Essa ascensão ganhou proporções cinematográficas em 2010 com o filme A Rede Social, estrelado por Jesse Eisenberg, Justin Timberlake e Andrew Garfield. A obra chegou a ser indicada para o Oscar em oito categorias, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Diretor, e levou três estatuetas.
Para muitos críticos, um dos pontos mais louváveis de A Rede Social é que o longa consegue retratar a geração que cresceu com o boom da Internet e, ao chegar à idade adulta, aplica seus conhecimentos no trabalho. Por isso, capta como poucas obras o momento em que vivemos e o que é preciso para empreender com sucesso.